quinta-feira, 21 de maio de 2009

Quando Deus Parece Distante

Deus é real, a despeito de como você se sinta.


É fácil adorar a Deus quando as coisas vão bem – quando ele provê comida, amigos, família, saúde e situações felizes. Mas as circunstâncias não são sempre agradáveis. E como então você irá adorar a Deus? O que você faz quando Deus parece estar a milhões de quilômetros?


A mais profunda adoração é louvar a Deus a despeito da dor, dar graças a Deus durante a provação, manter a confiança nele em meio á tentação. Render-se a ele durante um sofrimento e amá-lo quando ele parece distante.


Amizades são freqüentemente testadas por separação e silencio; ou você é separado por uma distância física, ou está impossibilitado de conversar. Na sua amizade com Deus, não será sempre que você se sentirá próximo dele. Philip Yancey observou sabiamente: “ Todo relacionamento passa por períodos de proximidade e distanciamento, e , no relacionamento com Deus , por mais intimo que seja o pêndulo vai oscilar de um lado para o outro”.É aí que a adoração fica difícil.


Para amadurecer a amizade, Deus irá testá-la com períodos de aparente separação – épocas em que se tem o sentimento de que Deus no abandonou ou esqueceu. Tem-se a impressão de que Deus está a quilômetro de distância. João da Cruz se referia a esses dias de seca espiritual, dúvida e distanciamento de Deus como “a noite escura da alma”. Henri Nouwen chamou-os de “o ministério da ausência”. A.W. Tozer chamou-os de “o ministério da noite”.Outros o mencionam como “o inverno do coração”.


Com exceção de Jesus, Davi foi provavelmente quem teve uma amizade mais íntima com Deus do que qualquer outra pessoa. Deus teve prazer em chamá-lo um homem segundo o meu coração. Apesar disso, Davi freqüentemente reclamava da aparente ausência de Deus: Por que, Senhor, tu permaneces afastado na hora do sofrimento? Por que te esconde de mim? ; Por que me abandonaste? Por que estás tão longe de salvar-me, tão longe dos meus gritos de angústia? ; Por que me rejeitaste?

É óbvio que Deus não abandonou realmente Davi, assim como não abandonou você. Ele prometeu várias vezes: Eu jamais o abandonarei ou rejeitareis. Mas deus não prometeu: “Você sempre sentirá a minha presença”. Aliás, Deus reconhece que algumas vezes esconde a sua face de nós. Existem momentos em que ele parece ter desaparecido de nossa vida sem dar pistas.


Floyd McClung descreve o que acontece: “Certo dia você acorda e percebe que todas as suas sensações de comunhão espiritual se foram. Você ora, mas nada acontece. Você repreende o Diabo, mas isso não muda nada. Você faz exercícios espirituais [...] seus amigos oram por você [...] você confessa cada pecado que consegue imaginar, e então sai por aí pedindo perdão a todos que conhece. Você jejua [...] e nada ainda. Você começa a se perguntar quanto tempo essa depressão espiritual irá durar. Dias? Semanas? Meses? Será que ela vai acabar? [...] você tem a impressão que as suas orações simplesmente batem no teto e voltam. Em absoluto desespero, você grita: ‘Qual é o meu problema?’’’”.


A verdade é que não há nada de errado com você! Trata-se de uma parte normal da aprovação e amadurecimento de sua amizade com Deus. Todo cristão passa por isso ao menos uma vez, e normalmente várias vezes. É doloroso e perturbador, mas absolutamente vital para o desenvolvimento da sua fé. Ter conhecimento disso deu esperança a Jô quando não podia sentir a presença de Deus em sua vida. Ele falou: Se vou para o Oriente, lá ele não esta; se vou para o Ocidente, não o encontro. Quando ele está em ação no Norte, não o enxergo; quando vai para o Sul, nem sombra dele eu vejo! Mas ele conhece o caminho por onde ando; se me puser à prova, aparecerei como o ouro.







Do Livro: Uma vida com proposito.